terça-feira, 2 de março de 2010

PROGRAMAÇÃO "VIVA GLAUBER" NO CINECLUBE PEDRO VERIANO

PROGRAMAÇÃO "VIVA GLAUBER"
Durante o mês de março, o cinema brasileiro comemora a data de nascimento do seu principal expoente: Glauber Rocha. Se estivesse vivo, o cineasta completaria 71 anos no próximo dia 14. Para saudar a figura de Glauber Rocha e com o objetivo de reforçar a relevância histórica e cultural da produção glauberiana para o cinema brasileiro e mundial que a Fundação Curro Velho preparou a programação “VIVA GLAUBER” para exibição no CineClube Pedro Veriano. A cada terça-feira do mês será exibido um filme e fechando o ciclo, o documentário de Silvio Tendler chamado “Glauber- O Filme – Labirinto do Brasil”. No dia 2, será exibido o filme “Terra em Transe” (1967). Foi com esta produção que Glauber se tornou reconhecido, conquistando o Prêmio da Crítica do Festival de Cannes, o Prêmio Luis Buñuel na Espanha e o Golfinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro. O escritor Waly Salomão define os filmes “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), “Terra em Transe” (1967) e “Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro” (1969), todos de Glauber Rocha, como sendo a base moderna do cinema brasileiro em termos de estética, linguagem e conteúdo. Esta trilogia é uma crítica social feroz aliada à forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos da América. Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague.
PROGRAMAÇÃO – Os filmes serão exibidos na programação do Cine Clube Pedro Veriano, na Casa da Linguagem. Antes da sessão de cinema os longas serão apresentados por pessoas ligadas à produção cinematográfica paraense.O cineclube Pedro Veriano tem a função de fomentar a cultura da sétima arte no Pará. Por isso, desde outubro do ano passado, quando foi criado, apresenta curtas, longas, documentários e todos os tipos de produção cinematográfica local, nacional e mundial, gratuitamente.Pedro Veriano é um dos primeiros cineclubistas do Pará, em atividade constante desde a década de 1950, com uma vida dedicada à difusão, à pesquisa e ao ensino da sétima arte. Ele continua na ativa até hoje, como presidente-fundador da Associação de Críticos Cinematográficos do Pará (ACCP).
FILMES :
TERRA EM TRANSE (1967).
Apresentação: Luiz Arnaldo Campos. Na fictícia República de Eldorado, Paulo Martins é um jornalista, idealista e poeta ligado ao político conservador em ascensão e tecnocrata Porfírio Diaz e sua amante meretriz Silvia, com quem também mantêm um caso fomando um triângulo amoroso. Quando Porfírio se elege senador, Paulo se afasta e vai para a província de Alecrim, onde conhece a ativista Sara. Juntos eles resolvem apoiar o vereador populista Felipe Vieira para governador na tentativa de lançarem um novo líder político, supostamente progressista, que guie a mudança da situação de miséria e injustiça que assola o país. Ao ganhar a eleição, Vieira se mostra fraco e controlado pelas forças econômicas locais que o financiaram e não faz nada para mudar a situação social, o que leva Paulo, desiludido, a abandonar Sara e retornar à capital e voltar a se encontrar com Sílvia. Se aproxima de JúlioFuentes, o maior empresário do país, e lhe conta que o presidente Fernandez tem o apoio econômico de uma poderosa multinacional que quer assumir o controle do capital nacional. Quando Diaz disputa a Presidência com o apoio de Fernandez, o empresário cede um canal de televisão para Paulo que o usa para atacar o candidato. Vieira e Paulo se unem novamente na campanha da presidência até que Fuentes trai ambos e faz um acordo com Diaz. Paulo quer partir para a luta armada, mas Vieira desiste. No elenco estão nomes como Paulo Autran, Paulo Gracindo, Francisco Milani e Hugo Carvana. A direção de fotografia é de Luis Carlos Barreto e Dib Lufti; música de Sérgio Ricardo; e a montagem de Eduardo Escorel. Luís Carlos Barreto, Cacá Diegues, Carlos Diegues e Raimundo Wanderley, juntos a Glauber Rocha, foram os produtores associados no filme. A exibição será no dia 02.
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL (1964). Apresentação: Januário Guedes e Célia Maracajá. O Sertanejo Manoel e sua mulher Rosa levam uma vida sofrida no interior do país, uma terra desolada e marcada pela seca. No entanto, Manoel tem um plano: usar o lucro obtido na partilha do gado com o coronel para comprar um pedaço de terra. Quando leva o gado para a cidade, alguns animais morrem no percurso. Chegado o momento da partilha, o coronel diz que não vai dar nada ao sertanejo, porque o gado que morreu era dele, ao passo que o que chegou vivo era seu. Manoel se irrita, mata o coronel e foge para casa. Ele e sua esposa resolvem ir embora, deixando tudo para trás.Manoel decide juntar-se a um grupo religioso liderado por um santo (Sebastião) que lutava contra os grandes latifundiários e em busca do paraíso após a morte. Os latifundiários decidem contratar Antônio das Mortes para perseguir e matar o grupo. O elenco é formado por Geraldo Del Rey ,Yoná Magalhães, Maurício do Valle e outros. Este filme será apresentado no dia 09.
DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO (1969). Apresentação: Rogério Parreira. Antônio das Mortes é contratado para matar um novo líder cangaceiro que surge no interior do Brasil. Ele realiza sua missão, ao mesmo tempo que entra em confronto com jagunços e um velho coronel que domina a região. Apesar da história simples, o diretor Glauber Rocha a conta de uma forma alegórica, misturando Literatura de cordel e ópera, priorizando a música e os ritos folclóricos próprios da população (Região Nordeste do Brasil).Glauber envolve a narrativa dentro do olhar metalinguistico comum ao cinema novo. A câmera arrastada e a música vibrante nordestina dão quase uma impressão de continuação a Deus e o Diabo. Por muitos é considerado a obra prima do “mestre Glauber”, que mistura o ritual antropofágico do nordeste, sua 'seita' e seu folclore ao encontro apoteótico com uma forma diferente de se fazer cinema, seguindo os parâmetros docinema novo, já passada a fase experimental da primeira leva de filmes. Desta produção participam Maurício do Valle, Odete Lara, Othon Bastos, Hugo Carvana e outros. Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro deu a Glauber Rocha o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes. Este será o terceiro filme a ser exibido pelo cineclube Pedro Veriano e a sessão será no dia 16.
GLAUBER, O FILME - LABIRINTO DO BRASIL (2004). Apresentação: Augusto Pacheco. Em mais de uma hora e meia este documentário retrata a vida e a morte de Glauber Rocha, o polêmico cineasta baiano que revolucionou o cinema, promovendo uma radical revisão na cultura brasileira. Imagens do enterro, depoimentos recentes de quem acompanhou sua trajetória, seus pensamentos e idéias explodem na tela num filme-tributo à memória de um artista que idealizava um cinema independente e libertário. A direção é de Sílvio Tendler. O documentário encerra a programação “Viva Glauber” do Cineclube Pedro Veriano no dia 23.

Serviço:
Programação “Viva Glauber”.
Exibição dos filmes “Terra Em Transe (1967)”, “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), “Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969) e “Glauber, O Filme - Labirinto do Brasil”. Toda terça-feira de março, a partir do dia 2, às 18h na Casa da Linguagem (Av. Nazaré, 31).
Entrada Franca

PROGRAMAÇÃO "VIVA GLAUBER"


PROGRAMAÇÃO "VIVA GLAUBER"
Durante o mês de março, o cinema brasileiro comemora a data de nascimento do seu principal expoente: Glauber Rocha. Se estivesse vivo, o cineasta completaria 71 anos no próximo dia 14. Para saudar a figura de Glauber Rocha e com o objetivo de reforçar a relevância histórica e cultural da produção glauberiana para o cinema brasileiro e mundial que a Fundação Curro Velho preparou a programação “VIVA GLAUBER”. A cada terça-feira do mês será exibido um filme e fechando o ciclo, o documentário de Silvio Tendler chamado “Glauber- O Filme – Labirinto do Brasil”. No dia 2, será exibido o filme “Terra em Transe” (1967). Foi com esta produção que Glauber se tornou reconhecido, conquistando o Prêmio da Crítica do Festival de Cannes, o Prêmio Luis Buñuel na Espanha e o Golfinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro. O escritor Waly Salomão define os filmes “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), “Terra em Transe” (1967) e “Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro” (1969), todos de Glauber Rocha, como sendo a base moderna do cinema brasileiro em termos de estética, linguagem e conteúdo. Esta trilogia é uma crítica social feroz aliada à forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos da América. Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague.
PROGRAMAÇÃO – Os filmes serão exibidos na programação do Cine Clube Pedro Veriano, na Casa da Linguagem. Antes da sessão de cinema os longas serão apresentados por pessoas ligadas à produção cinematográfica paraense.O cineclube Pedro Veriano tem a função de fomentar a cultura da sétima arte no Pará. Por isso, desde outubro do ano passado, quando foi criado, apresenta curtas, longas, documentários e todos os tipos de produção cinematográfica local, nacional e mundial, gratuitamente.Pedro Veriano é um dos primeiros cineclubistas do Pará, em atividade constante desde a década de 1950, com uma vida dedicada à difusão, à pesquisa e ao ensino da sétima arte. Ele continua na ativa até hoje, como presidente-fundador da Associação de Críticos Cinematográficos do Pará (ACCP).

FILMES :
TERRA EM TRANSE (1967). Apresentação: Luiz Arnaldo Campos. Na fictícia República de Eldorado, Paulo Martins é um jornalista, idealista e poeta ligado ao político conservador em ascensão e tecnocrata Porfírio Diaz e sua amante meretriz Silvia, com quem também mantêm um caso fomando um triângulo amoroso. Quando Porfírio se elege senador, Paulo se afasta e vai para a província de Alecrim, onde conhece a ativista Sara. Juntos eles resolvem apoiar o vereador populista Felipe Vieira para governador na tentativa de lançarem um novo líder político, supostamente progressista, que guie a mudança da situação de miséria e injustiça que assola o país. Ao ganhar a eleição, Vieira se mostra fraco e controlado pelas forças econômicas locais que o financiaram e não faz nada para mudar a situação social, o que leva Paulo, desiludido, a abandonar Sara e retornar à capital e voltar a se encontrar com Sílvia. Se aproxima de JúlioFuentes, o maior empresário do país, e lhe conta que o presidente Fernandez tem o apoio econômico de uma poderosa multinacional que quer assumir o controle do capital nacional. Quando Diaz disputa a Presidência com o apoio de Fernandez, o empresário cede um canal de televisão para Paulo que o usa para atacar o candidato. Vieira e Paulo se unem novamente na campanha da presidência até que Fuentes trai ambos e faz um acordo com Diaz. Paulo quer partir para a luta armada, mas Vieira desiste. No elenco estão nomes como Paulo Autran, Paulo Gracindo, Francisco Milani e Hugo Carvana. A direção de fotografia é de Luis Carlos Barreto e Dib Lufti; música de Sérgio Ricardo; e a montagem de Eduardo Escorel. Luís Carlos Barreto, Cacá Diegues, Carlos Diegues e Raimundo Wanderley, juntos a Glauber Rocha, foram os produtores associados no filme. A exibição será no dia 02.
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL (1964). Apresentação: Januário Guedes e Célia Maracajá. O Sertanejo Manoel e sua mulher Rosa levam uma vida sofrida no interior do país, uma terra desolada e marcada pela seca. No entanto, Manoel tem um plano: usar o lucro obtido na partilha do gado com o coronel para comprar um pedaço de terra. Quando leva o gado para a cidade, alguns animais morrem no percurso. Chegado o momento da partilha, o coronel diz que não vai dar nada ao sertanejo, porque o gado que morreu era dele, ao passo que o que chegou vivo era seu. Manoel se irrita, mata o coronel e foge para casa. Ele e sua esposa resolvem ir embora, deixando tudo para trás.Manoel decide juntar-se a um grupo religioso liderado por um santo (Sebastião) que lutava contra os grandes latifundiários e em busca do paraíso após a morte. Os latifundiários decidem contratar Antônio das Mortes para perseguir e matar o grupo. O elenco é formado por Geraldo Del Rey ,Yoná Magalhães, Maurício do Valle e outros. Este filme será apresentado no dia 09.
DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO (1969). Apresentação: Rogério Parreira. Antônio das Mortes é contratado para matar um novo líder cangaceiro que surge no interior do Brasil. Ele realiza sua missão, ao mesmo tempo que entra em confronto com jagunços e um velho coronel que domina a região. Apesar da história simples, o diretor Glauber Rocha a conta de uma forma alegórica, misturando Literatura de cordel e ópera, priorizando a música e os ritos folclóricos próprios da população (Região Nordeste do Brasil).Glauber envolve a narrativa dentro do olhar metalinguistico comum ao cinema novo. A câmera arrastada e a música vibrante nordestina dão quase uma impressão de continuação a Deus e o Diabo. Por muitos é considerado a obra prima do “mestre Glauber”, que mistura o ritual antropofágico do nordeste, sua 'seita' e seu folclore ao encontro apoteótico com uma forma diferente de se fazer cinema, seguindo os parâmetros docinema novo, já passada a fase experimental da primeira leva de filmes. Desta produção participam Maurício do Valle, Odete Lara, Othon Bastos, Hugo Carvana e outros. Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro deu a Glauber Rocha o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes. Este será o terceiro filme a ser exibido pelo cineclube Pedro Veriano e a sessão será no dia 16.
GLAUBER, O FILME - LABIRINTO DO BRASIL (2004). Apresentação: Augusto Pacheco. Em mais de uma hora e meia este documentário retrata a vida e a morte de Glauber Rocha, o polêmico cineasta baiano que revolucionou o cinema, promovendo uma radical revisão na cultura brasileira. Imagens do enterro, depoimentos recentes de quem acompanhou sua trajetória, seus pensamentos e idéias explodem na tela num filme-tributo à memória de um artista que idealizava um cinema independente e libertário. A direção é de Sílvio Tendler. O documentário encerra a programação “Viva Glauber” do Cineclube Pedro Veriano no dia 23.

Serviço:
Programação “Viva Glauber”.
Exibição dos filmes “Terra Em Transe (1967)”, “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), “Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969) e “Glauber, O Filme - Labirinto do Brasil”. Toda terça-feira de março, a partir do dia 2, às 18h na Casa da Linguagem (Av. Nazaré, 31).
Entrada Franca



Seguidores