domingo, 22 de agosto de 2010

Cineclube Pedro Veriano projeta Fotofilmes

Cineastas utilizam foto still como matéria-prima de suas histórias

Em 1895, o cinema ‘brota’ da fotografia. Sendo assim, é natural que, quase cem anos depois, a foto se aposse da linguagem cinematográfica em oito exemplares nacionais do formato conhecido como fotofilmes, exibidos na tela do Cineclube Pedro Veriano nesta terça-feira, dia 24.

Vê-se a vitrola que toca uma tenebrosa música sem parar, deixando uma menina assustada e fascinada com o que acontece à medida que a agulha arranha o vinil do disco. Um baú de registros fotográficos reconta a história de amor de um casal. Morto, o cachorro não pode se defender contra o ataque cruel que sua carne sofre, ao passo que outras fotografias dão movimento ao assalto à um banco de sangue. Imagens do Arpoador ilustram a tela, o mar e o céu - espaço onde a gaivota costuma voar -, ave que acaba no prato de um homem.

Pequenos frames de histórias que desenvolvem uma estética, não necessariamente fílmica, mas se utilizam de recursos de câmera e usam poderosamente o som para dar vida e vazão as imagens que são projetadas num fluxo narrativo. Fios de histórias presentes em oito obras criativas de cineastas brasileiros (os chamados fotofilmes) que partem de fotos still para uma edição cinematográfica, ganham uma dimensão audiovisual legítima.



Filmes:
Aqueles Dias (Gustavo Nasr, RJ, 2004)

Arpoador (Fernanda Ramos, RJ, 2005)

Banco de Sangue (Luiz Montes, SP, 1998)

Gaivotas (Cristian Borges, RJ, 1997)

Jugular (Fernanda Ramos, RJ, 1997)

Juvenília (Paulo Sacramento, SP, 1994)

Para Sempre Assim (João Carlos Lemos e Róger Carlomagno, MG, 2001)

Vinil Verde (Kleber Mendonça Filho, PE, 2004)



Sobre o CCPV - O ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano é uma parceria da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará (ABDeC-Pa) com a Fundação Curro Velho, através do projeto do Governo Federal Cine Mais Cultura.
Por se tratar de uma iniciativa da ABDeC-Pa, entre suas prerrogativas está a predileção por filmes em curta-metragem (antes dos longas), documentários e produções brasileiras. O ponto de exibição conta ainda com a parceria da APCC – Associação Paraense dos Críticos de Cinema, que uma vez por mês promove uma sessão em seu espaço.
As sessões do ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano são sempre às terças-feiras as 18h30, na Casa da Linguagem.

SERVIÇO
Sessão Fotofilmes, nesta terça-feira, 24/08/2010, às 18h30, no ponto de exibição -Cineclube Pedro Veriano, que fica na Avenida Nazaré, prédio da Casa da Linguagem, s/n, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O Nordeste ganha a tela do cineclube Pedro Veriano

Filmes produzidos nos anos 70 recontam histórias de cordel

Deraldo é um poeta nordestino, que se envolve numa trama cômica e lírica de troca de identidade – no melhor estilo "O Príncipe & O Mendigo "– com um operário acusado de matar o patrão na megalópole paulista. Falando sobre imigração com um lirismo inspirado na literatura de cordel, "O Homem que Virou Suco" é um dos melhores filmes da sua safra. O longa fará companhia ao curta de Lula Gonzaga que retrata a saga da famosa composição do pai, Luiz Gonzaga (Asa Branca), na sessão do dia 10, terça-feira, do Cineclube Pedro Veriano.

Histórias transmitidas oralmente, a poesia popular impressa nas palavras cantadas do Cordel capturam a alma da população do nordeste, e se transformam em matéria prima para a obras musicais, como Asa Branca, e audiovisuais como "O Homem que Virou Suco". José Dumont é um declamador que se vê no papel da vítima do capitalismo selvagem, e busca recuperar sua identidade e encontrar o assassino, no filme de João Batista de Andrade. Já "A Saga de Asa Branca" tem como tema a célebre toada de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, gravada pelo rei do baião pela primeira vez em 1947. Ambos, mesmo que não se passem na região onde ‘o sertão vira mar’, trazem consigo elementos e narrativas que remetem a rica cultura do nordeste.


Sobre o CCPV - O Ponto de Exibição Cineclube Pedro Veriano é uma parceria da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará (ABDeC-Pa) com a Fundação Curro Velho, através do projeto do Governo Federal Cine Mais Cultura.
Por se tratar de uma iniciativa da ABDeC-Pa, entre suas prerrogativas está a predileção por filmes em curta-metragem (antes dos longas), documentários e produções brasileiras. O ponto de exibição conta ainda com a parceria da APCC – Associação Paraense dos Críticos de Cinema, que uma vez por mês promove uma sessão em seu espaço.
As sessões do ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano são sempre às terças-feiras as 18h30, na Casa da Linguagem.


Filmes desta terça:
A Saga da Asa Branca ( Lula Gonzaga , RJ, 1979)

O Homem que Virou suco ( João Batista de Andrade , SP, 1979)


SERVIÇO
Sessão Nordeste, nesta terça-feira, 10/08/2010, 18h30, no ponto de exibição -Cineclube Pedro Veriano, que fica na Avenida Nazaré, prédio da Casa da Linguagem, s/n, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos. ENTRADA FRANCA.


sábado, 7 de agosto de 2010

Animação Made in Brasil em exibição

10 curtas produzidos nos anos 80 galgaram o caminho para o desenvolvimento do setor e a criação do centro técnico audiovisual


Se Carlos Saldanha faz sucesso hoje com sua franquia “Era do Gelo”, muitos animadores brasileiros tiveram que batalhar durante anos para desenvolver o mercado nacional e conquistar espaço mundo afora. 10 curtas-metragem produzidos em 1986, no Rio de Janeiro, serão exibidos, dia 13, terça-feira, na tela do Cineclube Pedro Veriano, como exemplares
que permitem visualizar os primeiros passos da profissionalização do cinema animado no país.

De uns anos para cá a animação brasileira fala de igual para igual com os principais centros produtores do mundo, contando com vários animadores brasileiros que trabalham atualmente em Hollywood e longas e curtas nacionais que têm constante presença em festivais internacionais. Esta coletânea de curtas realizados na década de 1980, partir de um acordo entre a extinta Embrafilme e o National Film Board do Canadá - o que levou à criação do Centro Técnico Audiovisual (CTAv) -, com suas técnicas simples, representam um marco. Nela estão os trabalhos de Rodrigo Guimarães, César Coelho, Léa Zagury, Aída Queiroz, José Rodrigues Neto (Evoluz), Fábio Lignini (Quando os morcegos se calam), Telmo Carvalho, Marcos Magalhães, Patrícia Alves Dias (Presepe) e Daniel Schorr (Viagem de ônibus), que mostram algo novo, lúdico, poético, apontando o caminho para a animação brasileira conquistar seu espaço.

Filmes:
Em nome da lei (Rodrigo Guimarães);

Evoluz (José Rodrigues Neto);

Informística (César Coelho);

Instinto Animal (Léa Zagury);

Noturno (Aída Queiroz);

O Músico e o Cavalo (Telmo Carvalho);

Presepe (Patrícia Alves Dias);

Quando os morcegos se calam (Fábio Lignini);

Tem Boi no Trilho (Marcos Magalhães);

Viagem de Ônibus (Daniel Schorr).

Sobre o CCPV - O ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano é uma parceria da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará (ABDeC-Pa) com a Fundação Curro Velho, através do projeto do Governo Federal Cine Mais Cultura.
Por se tratar de uma iniciativa da ABDeC-Pa, entre suas prerrogativas está a predileção por filmes em curta-metragem (antes dos longas), documentários e produções brasileiras. O ponto de exibição conta ainda com a parceria da APCC – Associação Paraense dos Críticos de Cinema, que uma vez por mês promove uma sessão em seu espaço.
As sessões do ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano são sempre às terças-feiras as 18h30, na Casa da Linguagem.

SERVIÇO
Sessão Núcleo de Animação do CTAv, nesta terça-feira, 13/07/2010, 18h30, no ponto de exibição -Cineclube Pedro Veriano, que fica na Avenida Nazaré, prédio da Casa da Linguagem, s/n, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos.

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