terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Brasis de ontem e hoje em cartaz no Cineclube Pedro Veriano

A história de um quilombo e jovens internautas são os temas dos filmes em exibição

A tradição e a modernidade estão em cartaz nesta terça-feira, dia 7, no Cineclube Pedro Veriano. Os documentários premiados “Invisíveis Prazeres Cotidianos” e “Terra Deu, Terra Come”, retratam diferentes Brasis do norte e do sudeste, protagonizados por personagens que, de um lado representam o que restou de um quilombo em Minas Gerais, e de outro, as impressões pueris sobre a metrópole da Amazônia por meio da internet.

Premiado no É Tudo Verdade, "Terra Deu, Terra Come", acompanha a história do garimpeiro Pedro de Almeida, 81 anos, remanescente de uma comunidade quilombola. Ele já encontrou diamantes de tesouros enterrados pelos antigos escravos, na região de Diamantina, mas, o primeiro diamante que encontrou, há 70 anos

, o tio com quem trabalhava o enterrou e morreu sem dizer onde. Depois disso, Pedro sempre em uma sinuca: para reencontrar o diamante só se invocar a alma de seu tio João dos Santos. No decorrer do documentário, Pedro comanda o cortejo fúnebre, enquanto entoa cânticos e vai desfiando histórias carregadas de poesia e significados metafísicos, que nos põem em dúvida o tempo inteiro se João Batista - tal e qual fausto -, vendeu a alma ao Diabo numa tentativa de derrotar a própria morte e enriquecer com o garimpo. Tudo num jogo de cinema-verdade encenado pelo cineasta Rodrigo Siqueira.

Dirigido por Jorane Castro, “Invisíveis Prazeres Cotidianos” busca desnudar o pensamento de seis jovens blogueiros sobre Belém, a cidade em que vivem, de que modo se relacionam com ela e com suas questões pessoais. Yuri acredita que fazer supermercado à noite é uma maneira de conhecer pessoas interessantes; Luana vê borboletas amarelas por todos os cantos da metrópole; Raffael elege o carro como companheiro e maneira de fugir da rotina; Rebecca adora contar no blog sobre seus passeios no shopping; Nailana vislumbra o mundo através da lente fotográfica; Pedro Henryque (conhecido como Pedrox) faz da internet um meio para, digamos, escoar o seu talento. O texto dos blogs se torna em ação e vai costurando a narrativa documental, em meio a imagens em super-8 narradas pela própria cineasta-personagem, que se fundem com a sensação de isolamento geográfico e aproximação virtual. “Invisíveis Prazeres Cotidianos” integra a série Brasil 3x4, um produto que reúne outros três documentários premiados no Rumos Cinema e Vídeo 2003-2004.

Sobre o CCPV - O Ponto de Exibição Cineclube Pedro Veriano é uma parceria da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará (ABDeC-Pa) com a Fundação Curro Velho, através do projeto do Governo Federal Cine Mais Cultura. Por se tratar de uma iniciativa da ABDeC-Pa, entre suas prerrogativas está a predileção por filmes em curta-metragem (antes dos longas), documentários e produções brasileiras. O ponto de exibição conta ainda com a parceria da APCC – Associação Paraense dos Críticos de Cinema, que uma vez por mês promove uma sessão em seu espaço. As sessões do ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano são sempre às terças-feiras as 18h30, na Casa da Linguagem.

Filmes desta terça:

Invisíveis Prazeres Cotidianos (Jorane Castro , PA, 2004)

Terra Deu, Terra Come (Rodrigo Siqueira , SP, 2010)

SERVIÇO
Sessão com "Invisíveis Prazeres Cotidianos" e "Terra Deu, Terra Come". Nesta terça-feira, 07/12/2010, 18h30, no ponto de exibição -Cineclube Pedro Veriano, que fica na Avenida Nazaré, prédio da Casa da Linguagem, s/n, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos. ENTRADA FRANCA.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um ano de muito cinema no Pedro Veriano



Cineclube celebra data com exibição de filme dos Irmãos Lumiére

Um espaço onde foram exibidos clássicos da cinematografia mundial, como “Crepúsculo dos Deuses”, “Terra em Transe”, filmes cultuados pelos cinéfilos tal e qual “São Paulo S.A.”, “O Homem que Virou Suco” e “Cão sem Dono”, além de ‘janela’ para as obras paraenses “De Assalto” e “Severa Romana” e realização das

Mostras da ABDeC Pará, que resultou num DVD com seis filmes de realizadores locais, de obras do cineasta Sérgio Péo e mais recentemente a do Cine Foro Venezuelano. Este é o ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano, que na terça dia 30, celebra um ano de existência trazendo um filme que fala dos pioneiros da sétima arte e com comentários de ninguém menos do que aquele que dá nome ao espaço, o próprio Pedro Veriano.


“Desde o início, o objetivo dos Irmãos Lumière com produção cinematográfica era o de reproduzir a realidade, e não contar uma história ou ficção. O cerne do trabalho dos irmãos era apresentar momentos capturados no cotidiano, totalmente diferente dos outros pioneiros do cinema como Thomas Edison e George Méliès, que imediatamente viram no cinema a capacidade de mudar a realidade, e partiram para ficção. Talvez, este seja o motivo pela qual Louis Lumière não vislumbrou nenhum futuro na sua invenção, e ele esperou que a novidade de assistir imagens em movimento numa tela, tal qual os olhos podiam ver pelas ruas, pudessem seduzir as pessoas.

Além disso, foram criticados pelos intelectuais da época, como agressores da arte fotográfica, estes afirmaram que ninguém iria querer ver as fotografias se moverem. Documento de valor histórico fantástico”, escreveu Pedro sobre Os Irmãos Lumiére, filme que estará em cartaz na próxima terça-feira na data que celebra o aniversário do ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano.


“O documentários Os Irmãos Lumiére é sobre os primeiros filmes realizados com o Cinematographo, uma aula de historia do cinema”, comentou Pedro Veriano. O filme encerra a fase "Cinema sobre Cinema", ciclo promovido pela APCC (Associação Paraense dos Críticos de Cinema) em colaboração mensal com a programação do ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano, onde foram apresentadas obras que falam sobre o cinema dentro do seu enredo.

História

Desde outubro do ano passado, a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará (ABDeC-Pa) em parceria com a Fundação Curro Velho e por meio do projeto do Governo Federal Cine Mais Cultura, vem realizando sessões no ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano. Entre as prerrogativas do cineclube, por ser gerenciado por realizadores paraenses, está a predileção por filmes em curta-metragem (antes dos longas), documentários e produções brasileiras. O Pedro Veriano foi assim batizado como forma de homenagear um dos mais importantes críticos de cinema da história do Pará, autor de inúmeros textos e do livro “Cinema no Tucupi”.

SERVIÇO
Sessão de aniversário: “1 ano do Cineclube Pedro Veriano”, nesta terça-feira,30/11, 18h30, no ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano, que fica na Avenida Nazaré, prédio da Casa da Linguagem, s/n, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos. Entrada Franca.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cine Foro Venezuelano no CCPV

A programação desta terça-feira no Ponto de Exibição CineClube Pedro Veriano, dá início ao Cine Foro Venezuelano "Imagens e Rebeldia", parceria do Consulado da Venezuela com a Fundação Curro Velho. Na tela será exibido o longa "La Classe", a partir das 17h30.

Durante a semana o Ponto de Exibição CineClube Pedro Veriano exibirá outros três filmes venezuelanos:
Il Carazo no dia 24, "The Revolucion" na quinta 25, e "Tocar e Lutar" que encerra o ciclo dia 26, sexta-feira. Sempre às 17h30 e com entrada franca.

O Ponto de Exibição CineClube Pedro Veriano, fica no auditório da Casa da Linguagem, na Avenida Nazaré, 33, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos, ao lado da Praça da República.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cineclube Pedro Veriano apresenta Mostra Sérgio Péo

No mês de seu primeiro aniversário, o Cineclube Pedro Veriano leva para a tela uma mostra de documentários sobre o Pará e o Brasil.


Depois de apresentar alguns de seus filmes na Mostra ABD da Amazônia Legal, durante o Amazônia Doc.2, o cineasta paraense Sérgio Péo, leva agora quatro documentários em curta-metragem para o Cineclube Pedro Veriano, na Casa da Linguagem, nesta terça-feira, dia 16/11. A programação é

gratuita e começa às 18h30.


Trabalhando basicamente com documentários e cinema de arte, o paraense Sérgio Péo, é também um dos fundadores da Associação Brasileira de Documentaristas do Rio de Janeiro, onde mora desde 1972. Conhecido por fazer uma série de filmes em Super-8 e 16mm na década de 70, dentre eles o premiado “Rocinha Brasil”, Péo abriu a Mostra ABD da Amazônia Legal na sexta-feira, 5, com o filme “Nanderu, panorâmica tupinambá” (1991), melhor filme no Rio Cine Festival.


A Mostra Sérgio Péo apresenta quatro dos mais importantes filmes do cineasta, com temas que tratam de questões indígenas, favela e cinema. O cineasta paraense e produtor da ABDeC-Pa, Rogério Parreira, vai apresentar cada filme e conduzir um bate-papo com os presentes ao final das exibições.

Veja abaixo a programação completa.

Mostra Sérgio Péo

Rocinha Brasil 77 (18 minutos – 16/35mm) Sinopse: Investigação sobre hábitos e qualidade de vida da maior favela da América Latina. A câmera passeia, enquanto em off, ouve-se reflexões de moradores sobre questões do dia-a-dia da comunidade.

Ñanderu, Panorâmica Tupinambá (10 min/35mm)Sinopse: Resgate poético da memória de nossos antepassados Tupinambá. Considerados extintos ainda no século XVI. O filme conta com o depoimento de Verá Miri, Cacique/Pajé da tribo Guarani Mimbiá.

Marajó, O Movimento das Águas (20 min/35mm)Sinopse: Filme iniciado em 1991, interrompido, por problemas técnicos e finalizado em 2010. A câmera percorre as margens do Amazonas, focando a diversidade da flora virgem. Caminha entre trilhas de gravetos culminando com a marcha folclorica dos ritmos marajoaras. O filme é uma homenagem a professora Lindalva Caetano, pesquisadora do Folclore Marajoara.

Cinemas Fechados (12min/35mm) Sinopse: Manifesto poético, denunciando o boicote ao cinema brasileiro enquanto reflexo da nossa cultura, exaltando o esforço dos artistas, autores e técnicos pela sua sobrevivência.

Sobre o Ponto de Exibição - Cineclube Pedro Veriano

Parceria entre a Fundação Curro Velho e a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas Seção Pará – ABDeC-Pa, através do Programa Cine Mais Cultura do Governo Federal, o Ponto de Exibição - Cineclube Pedro Veriano, foi fundado em novembro de 2009 e desde então suas exibições ocorrem todas as terças-feiras, sempre às 18h30, na Casa da Linguagem.

Seu nome é uma homenagem a um dos mais importantes críticos do cinema paraense, Pedro Veriano, que entre outras obras publicou “Cinema no Tucupi”, onde retrata a história do cinema no estado.

Primando pelo documentário e curta-metragem o Ponto de Exibição Cineclube Pedro Veriano, já exibiu mais de 200 obras audiovisuais, entre curtas, médias e longas. Em março de 2010, foi realizada no local a I Mostra ABDeC-Pa, onde o público elegeu 06 filmes para ser compilados numa caixa de dvd, distribuída para as ABDs de todo o país.


Serviço

Mostra Sérgio Péo

Sessão terça-feira, dia 16, às 18h30, no Ponto de Exibição – Cineclube Pedro Veriano, na Casa da Linguagem, que fica na Avenida Nazaré, 33, esquina com Assis de Vasconcelos. Entrada franca.

domingo, 22 de agosto de 2010

Cineclube Pedro Veriano projeta Fotofilmes

Cineastas utilizam foto still como matéria-prima de suas histórias

Em 1895, o cinema ‘brota’ da fotografia. Sendo assim, é natural que, quase cem anos depois, a foto se aposse da linguagem cinematográfica em oito exemplares nacionais do formato conhecido como fotofilmes, exibidos na tela do Cineclube Pedro Veriano nesta terça-feira, dia 24.

Vê-se a vitrola que toca uma tenebrosa música sem parar, deixando uma menina assustada e fascinada com o que acontece à medida que a agulha arranha o vinil do disco. Um baú de registros fotográficos reconta a história de amor de um casal. Morto, o cachorro não pode se defender contra o ataque cruel que sua carne sofre, ao passo que outras fotografias dão movimento ao assalto à um banco de sangue. Imagens do Arpoador ilustram a tela, o mar e o céu - espaço onde a gaivota costuma voar -, ave que acaba no prato de um homem.

Pequenos frames de histórias que desenvolvem uma estética, não necessariamente fílmica, mas se utilizam de recursos de câmera e usam poderosamente o som para dar vida e vazão as imagens que são projetadas num fluxo narrativo. Fios de histórias presentes em oito obras criativas de cineastas brasileiros (os chamados fotofilmes) que partem de fotos still para uma edição cinematográfica, ganham uma dimensão audiovisual legítima.



Filmes:
Aqueles Dias (Gustavo Nasr, RJ, 2004)

Arpoador (Fernanda Ramos, RJ, 2005)

Banco de Sangue (Luiz Montes, SP, 1998)

Gaivotas (Cristian Borges, RJ, 1997)

Jugular (Fernanda Ramos, RJ, 1997)

Juvenília (Paulo Sacramento, SP, 1994)

Para Sempre Assim (João Carlos Lemos e Róger Carlomagno, MG, 2001)

Vinil Verde (Kleber Mendonça Filho, PE, 2004)



Sobre o CCPV - O ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano é uma parceria da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará (ABDeC-Pa) com a Fundação Curro Velho, através do projeto do Governo Federal Cine Mais Cultura.
Por se tratar de uma iniciativa da ABDeC-Pa, entre suas prerrogativas está a predileção por filmes em curta-metragem (antes dos longas), documentários e produções brasileiras. O ponto de exibição conta ainda com a parceria da APCC – Associação Paraense dos Críticos de Cinema, que uma vez por mês promove uma sessão em seu espaço.
As sessões do ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano são sempre às terças-feiras as 18h30, na Casa da Linguagem.

SERVIÇO
Sessão Fotofilmes, nesta terça-feira, 24/08/2010, às 18h30, no ponto de exibição -Cineclube Pedro Veriano, que fica na Avenida Nazaré, prédio da Casa da Linguagem, s/n, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O Nordeste ganha a tela do cineclube Pedro Veriano

Filmes produzidos nos anos 70 recontam histórias de cordel

Deraldo é um poeta nordestino, que se envolve numa trama cômica e lírica de troca de identidade – no melhor estilo "O Príncipe & O Mendigo "– com um operário acusado de matar o patrão na megalópole paulista. Falando sobre imigração com um lirismo inspirado na literatura de cordel, "O Homem que Virou Suco" é um dos melhores filmes da sua safra. O longa fará companhia ao curta de Lula Gonzaga que retrata a saga da famosa composição do pai, Luiz Gonzaga (Asa Branca), na sessão do dia 10, terça-feira, do Cineclube Pedro Veriano.

Histórias transmitidas oralmente, a poesia popular impressa nas palavras cantadas do Cordel capturam a alma da população do nordeste, e se transformam em matéria prima para a obras musicais, como Asa Branca, e audiovisuais como "O Homem que Virou Suco". José Dumont é um declamador que se vê no papel da vítima do capitalismo selvagem, e busca recuperar sua identidade e encontrar o assassino, no filme de João Batista de Andrade. Já "A Saga de Asa Branca" tem como tema a célebre toada de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, gravada pelo rei do baião pela primeira vez em 1947. Ambos, mesmo que não se passem na região onde ‘o sertão vira mar’, trazem consigo elementos e narrativas que remetem a rica cultura do nordeste.


Sobre o CCPV - O Ponto de Exibição Cineclube Pedro Veriano é uma parceria da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará (ABDeC-Pa) com a Fundação Curro Velho, através do projeto do Governo Federal Cine Mais Cultura.
Por se tratar de uma iniciativa da ABDeC-Pa, entre suas prerrogativas está a predileção por filmes em curta-metragem (antes dos longas), documentários e produções brasileiras. O ponto de exibição conta ainda com a parceria da APCC – Associação Paraense dos Críticos de Cinema, que uma vez por mês promove uma sessão em seu espaço.
As sessões do ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano são sempre às terças-feiras as 18h30, na Casa da Linguagem.


Filmes desta terça:
A Saga da Asa Branca ( Lula Gonzaga , RJ, 1979)

O Homem que Virou suco ( João Batista de Andrade , SP, 1979)


SERVIÇO
Sessão Nordeste, nesta terça-feira, 10/08/2010, 18h30, no ponto de exibição -Cineclube Pedro Veriano, que fica na Avenida Nazaré, prédio da Casa da Linguagem, s/n, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos. ENTRADA FRANCA.


sábado, 7 de agosto de 2010

Animação Made in Brasil em exibição

10 curtas produzidos nos anos 80 galgaram o caminho para o desenvolvimento do setor e a criação do centro técnico audiovisual


Se Carlos Saldanha faz sucesso hoje com sua franquia “Era do Gelo”, muitos animadores brasileiros tiveram que batalhar durante anos para desenvolver o mercado nacional e conquistar espaço mundo afora. 10 curtas-metragem produzidos em 1986, no Rio de Janeiro, serão exibidos, dia 13, terça-feira, na tela do Cineclube Pedro Veriano, como exemplares
que permitem visualizar os primeiros passos da profissionalização do cinema animado no país.

De uns anos para cá a animação brasileira fala de igual para igual com os principais centros produtores do mundo, contando com vários animadores brasileiros que trabalham atualmente em Hollywood e longas e curtas nacionais que têm constante presença em festivais internacionais. Esta coletânea de curtas realizados na década de 1980, partir de um acordo entre a extinta Embrafilme e o National Film Board do Canadá - o que levou à criação do Centro Técnico Audiovisual (CTAv) -, com suas técnicas simples, representam um marco. Nela estão os trabalhos de Rodrigo Guimarães, César Coelho, Léa Zagury, Aída Queiroz, José Rodrigues Neto (Evoluz), Fábio Lignini (Quando os morcegos se calam), Telmo Carvalho, Marcos Magalhães, Patrícia Alves Dias (Presepe) e Daniel Schorr (Viagem de ônibus), que mostram algo novo, lúdico, poético, apontando o caminho para a animação brasileira conquistar seu espaço.

Filmes:
Em nome da lei (Rodrigo Guimarães);

Evoluz (José Rodrigues Neto);

Informística (César Coelho);

Instinto Animal (Léa Zagury);

Noturno (Aída Queiroz);

O Músico e o Cavalo (Telmo Carvalho);

Presepe (Patrícia Alves Dias);

Quando os morcegos se calam (Fábio Lignini);

Tem Boi no Trilho (Marcos Magalhães);

Viagem de Ônibus (Daniel Schorr).

Sobre o CCPV - O ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano é uma parceria da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará (ABDeC-Pa) com a Fundação Curro Velho, através do projeto do Governo Federal Cine Mais Cultura.
Por se tratar de uma iniciativa da ABDeC-Pa, entre suas prerrogativas está a predileção por filmes em curta-metragem (antes dos longas), documentários e produções brasileiras. O ponto de exibição conta ainda com a parceria da APCC – Associação Paraense dos Críticos de Cinema, que uma vez por mês promove uma sessão em seu espaço.
As sessões do ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano são sempre às terças-feiras as 18h30, na Casa da Linguagem.

SERVIÇO
Sessão Núcleo de Animação do CTAv, nesta terça-feira, 13/07/2010, 18h30, no ponto de exibição -Cineclube Pedro Veriano, que fica na Avenida Nazaré, prédio da Casa da Linguagem, s/n, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Música para os olhos no cineclube Pedro Veriano

Manguebeat, punk, música caipira e clássica estão entre os temas dos filmes em exibição


Música é uma expressão sem fronteiras. Raul de Souza (“Viva Volta”) percorre o mundo com uma saudade que se traduz de forma lírica no som do trombone. Por isso, documentar som e transformar em imagem é um desafio estimulante, que versa sobre as próprias raízes culturais de um realizador ou de seu país. No Brasil, a musicalidade ressoa desde os tempos da Atlântida, nas animadas chanchadas onde tudo acabava em carnaval. O Cinema Novo soube usar a trilha de uma maneira inovadora, além de registrar os gêneros musicais em voga. Aí chegamos a sucessos recentes como Cazuza, Nelson Freire e Dois Filhos de Francisco, biografando representantes da música popular do Brasil. Faz parte de nossa vida, e a de tipos como
Christiano Câmara (“Rua da Escadinha 162”), um pesquisador-colecionador cearense apaixonado pelas sonoridades produzidas nesse país.



Nesta terça-feira a ABDeC-Pa e a Fundação Curro Velho, dentro do ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano, apresentam uma coletânea da Programadora Brasil, com expressões de alguns gêneros bastante díspares, evitando generalizar a música, indo de um enfoque etnográfico da música interiorana (“Seu Minervino e a Viola Caipira”) à influência estrangeira do punk e sua adoção como lifestyle (“Pânico em SP”), para finalizar na saudável mistura eclética e contemporânea do manguebeatpernambucano (“O Mundo é Uma Cabeça”). Esses retratos servem para afirmar o valor da musicalidade brasileira, adorada nos quatro cantos do mundo, seja pela qualidade sonora ou a diversidade de gêneros.


Filmes:


O Mundo é uma Cabeça (Bidu Queiroz e Cláudio Barros, PE, 2004);
Pânico em SP (Cláudio Morelli, SP, 1982);
Rua da Escadinha 162 (Márcio Câmara, CE, 2002);
Seu Minervino e a Viola Caipira (Pedro Dacosta Lyra, RJ, 2005);
Viva Volta (Heloisa Passos, PR, 2005).

Sobre o CCPV - O Cineclube Pedro Veriano é um ponto de exibição mantido através da parceria da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará (ABDeC-Pa) com a Fundação Curro Velho, por meio do projeto do Governo Federal Cine Mais Cultura.
Por se tratar de uma iniciativa da ABDeC-Pa, entre suas prerrogativas está a predileção por filmes em curta-metragem (antes dos longas), documentários e produções brasileiras. O Pedro Veriano conta ainda com a parceria da APCC – Associação Paraense dos Críticos de Cinema, que uma vez por mês promove uma sessão em seu espaço.
As sessões do ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano são sempre às terças-feiras as 18h30, na Casa da Linguagem.

SERVIÇO
Sessão Documentários Musicais, nesta terça-feira, 06/07/2010, 18h30, no ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano, que fica na Avenida Nazaré, prédio da Casa da Linguagem, s/n, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

“Câncer – Sem Medo da Palavra” é cinema documental em cartaz


Nesta terça-feira, 11 de maio, o Cineclube Pedro Veriano, ponto de exibição da ABDeC-Pará, exibe "Câncer - Sem Medo da Palavra", do cineasta Luiz Alberto Cassol. A sessão começa às 18h30 e tem entrada franca, acontecendo na Casa da Linguagem. “Câncer – Sem Medo da Palavra” é um documentário de longa-metragem, que revela histórias e relatos de vida emocionantes. Pessoas que falam sobre o Câncer sem medo da palavra, através de depoimentos que buscam cooperar para um melhor entendimento do Câncer e seus tratamentos.


O documentário é dirigido por Luiz Alberto Cassol, cineasta e cineclubista. O filme tem produção executiva de Christian Lüdtke, Sílvio Iensen e do diretor. A realização é da Finish Produtora com patrocínio da UNIFRA - Centro Universitário Franciscano. “Câncer – Sem Medo da Palavra” teve seu roteiro desenvolvido a partir da constatação do medo e do preconceito que envolve a doença e muitas vezes a própria palavra câncer. A produção aborda como as pessoas superam esse preconceito, buscam o tratamento e a cura. O documentário apresenta depoimentos de familiares e de pessoas que fazem e fizeram o tratamento para o Câncer bem como de profissionais da saúde especialistas na área. Ficha técnica Equipe:Direção e Montagem: Luiz Alberto CassolProdução Executiva: Christian Lüdtke, Luiz Alberto Cassol e Sílvio IensenDireção de Fotografia: Christian Ludtke e Marcos BorbaStill: Paulo Henrique TeixeiraFinalização: Maurício CanterleTrilha Sonora e Desenho de Som: Gerson Rios LemePesquisa: Luiz Alberto Cassol e Sílvio IensenDecupagem: Juliane FossattiDireção de Produção: Patrícia GarciaEquipe de Produção: Fabiano Foggiato e Ricardo PaimSom Direto: Maurício StockChefe de Elétrica: Felipe Iop CapeletoMaterial Gráfico: Luciano Ribas Divulgação: Juliane Fossatti

Resultado da 1ª Mostra ABDeC-Pará em 2010

Encerrada no dia 30 de abril, a 1a Mostra da ABDeC-Pará contemplou 06 filmes que integrarão o DVD resultante do projeto. "Seu Didico. Paraense Velho Macho" de Chico Carneiro, "Mulheres de 20" de Ivan Oliveira, "O antigo e o novo" de Célia Maracajá, "Para todas as Horas" de José Arnaud, "O Negro no Pará" de Afonso Gallindo, e "O Mundo de Célia" direção coletiva, foram os filmes mais votados pelo público que compareceram à Mostra durante uma semana.
Pensada em parceria com a ABD Nacional, a Mostra da ABDeC-Pará foi a primeira a ser realizada no país. Agora os filmes selecionados serão distribuídos através de um DVD, que as ABDs de todas as capitais brasileiras e do Distrito Federal vão receber e exibir em seus respectivos pontos de exibição.
Além das ABDs, o resultado da Mostra ABDeC-Pa também vai circular em municípios paraenses como Parauapebas e Marabá, entre outros.
A partir de agora as demais ABDs do país darão continuidade as suas Mostras e os resultados também serão enviados para ABDeC-Pa que vai exibir esses filmes em seu ponto de exibição, o Cineclube Pedro Veriano, na Casa da Linguagem.

Veja abaixo as sinopses dos filmes que representarão a produção da ABDeC-Pa.




“Seu Didico: Paraense Velho Macho” de Chico Carneiro (foto) – Documentário – 65’Sinopse: Documenta a saga de um herói brasileiro. Vivente dos rios da Amazônia paraense, seu Didico, 74 anos de idade, casado, 09 filhos (“todos vivos, graças a Deus) esbanja jovialidade, alegria, picardia e robustez, enquanto transporta no velho barco “Samaria” a madeira com que – honestamente – ganha a vida.Ao navegar por outros brasis, este documentário também registra a imparável destruição da floresta amazônica.Ficha técnica:Produção, fotografia, câmera, som, edição e realização: Chico CarneiroMúsicas: Cincinato Júnior, Allan Carvalho, Luiz PardalDireção Musical: Luiz Pardal


Mulheres de 20 de Ivan Oliveira – 42’Sinopse: Documentário. Parauapebas, sudoeste do Pará. Uma cidade, 22 anos de história. Há 20 anos uma dessas histórias vem se construindo e se consagrando com uma das maiores manifestações femininas do interior brasileiro, o Encontro da Mulher de Parauapebas, evento que marca as comemorações do Dia Internacional da Mulher.Ficha técnica:Direção: Ivan OliveiraRealização: HD ProduçõesImagens: Gilson MesquitaMontagem: Edinan Costa e Ivan OliveiraSom: Willame ReisArte: Ivan Oliveira


O antigo e o novo de Bdjai Xikrim, Bijack, Bemajti Xikrim e Betikre Kayapó 16’Sinopse: Três documentários realizados a partir de oficinas de audiovisual para os indígenas, onde o tema central abordado foi a educação escolar indígena, com base nas conferências regionais culminando com a realização da Conferência Nacional. Que reuniu cerca de 200 povos indígenas em Brasília, apontando novos rumos para educação escolar indígena reforçando cada vez mais o tipo de escola que cada povo quer para seu futuro, onde a autonomia e identidade cultural sejam valores indeléveis para construção do melhor caminho.Ficha técnica:Coordenação e Direção Geral: Célia Maracajá



Para todas as horas (foto) de José Arnaud – 15’50”Sinopse: Ficção – Três amigos saem para uma viagem onde irão descobrir que os limites entre sentimentos e sensações são muito efêmeros. Amor e amizade num contexto de pós-modernidade. “Não somos bons nem maus, o que somos então?”


O Negro no Pará de Afonso Gallindo – 37’44”Sinopse: Doc-ficção sobre o processo de pesquisa de Vicente Salles (pesquisador) para publicção de sua importante obra “O Negro no Pará – Sob o Regime da Escravidão”. Com depoimentos de remanescentes do quilombo de Petimandeua (Castanhal -Pará), pesquisadoras e integrante do movimento negro no Pará, em busca do percurso dessa investigação histórica.Ficha técnica:Direção: Afonso GallindoRoteiro: Afonso Gallindo/Rose SilveiraProdução Executiva: Rose SilveiraEdição: Afonso Gallindo /André MardockProdução: Maria Christina Fotografia: Marcelo RodriguesMixagem Aúdio: Léo BitarElenco: Dani Sá e Ronald Bergman (in memoriam)Realização/Patrocínio: Instituto de Artes do Pará (IAP) / Projeto Raízes


O mundo de Célia direção coletiva membros ABDeC-Pa – 6’Sinopse: Documentário. “O Mundo de Célia” é resultado do projeto Ponto Brasil, realizado no Instituto de Artes do Pará em 2009, através do Núcleo de Produção Digital. Com direção coletiva de membros da ABDeC do Pará, o curta dá voz a uma prostituta que vive em rua histórica de Belém.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cineclube Pedro Veriano abre as portas para o cinema brasileiro


Nesta terça-feira, 13 de abril o Cineclube Pedro Veriano abre as portas para o cinema nacional e exibe dois premiados filmes da recente safra brasileira, “Fractais Sertanejos” de Haroldo Cavalcanti e “Cão Sem Dono” de Beto Brant e Renato Ciasca.

Primando pela Lei do Curta, a sessão desta terça-feira vai apresentar o filme “Fractais Sertanejos”, produção cearense de 2009, vencedora do prêmio de Melhor Filme no Festival de Londrina (PR). Comentado pelo diretor de fotografia e vice-presidente da ABDeC-Pa, Bruno Assis, “Fractais Sertanejos” conta a história de um operário da construção civil que se descobre artista ao sair de um coma, esculpindo obras abstratas que denomina "TudoeNada", semelhantes aos fractais estudados na física e na matemática do caos. O curta dirigido por Heraldo Cavalcanti tem 19 minutos de duração e abrirá a sessão do dia 13 de abril.



Já “Cão Sem Dono”, é uma ficção de 2007, dirigida por Renato Ciasca e Beto Brant, o mesmo de “O Invasor”.

Baseado no romance de Daniel Galera, “O Dia em que o Cão Morreu”, o longa que se passa em Porto Alegre, conta a história de Ciro, jovem desmotivado e sem planos e que trabalha (de vez em quando) fazendo traduções literárias, quando conhece Marcela, jovem que foi para a capital rio-grandense na tentativa de ser modelo.

Ao contrário de Ciro, Marcela é cheia de planos e sonhos. Depois que ele é atropelado por uma motocicleta, Marcela passa uma temporada no seu apartamento. Um dia, ela aparece para dizer que ficaria muito tempo longe, porque está com câncer e talvez nunca mais se vissem. Diante desta situação, Ciro se desespera e perde o pouco do equilíbrio emocional que tinha, caindo no alcoolismo.

Este é o quinto filme da carreira de Beto Brant, que a partir de então contou com a parceria de Renato Ciasca em suas direções e roteiros. O filme recebeu os prêmios de melhor atriz para Tainá Muller no Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, e Cine Pe – Festival do Audiovisual; além de melhor filme no mesmo Festival, ambos em 2007. Também recebeu o prêmio de melhor ator para Roberto Oliveira no Festival Elcine do Encontro Latino Americano de Cinema de 2008. Neste mesmo ano foi eleito pela Associação Paulista de Críticos de Arte como tendo o melhor roteiro.

O Cineclube

O Cineclube Pedro Veriano é uma parceria da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará (ABDeC-Pa) com a Fundação Curro Velho, através do projeto do Governo Federal Cine Mais Cultura.

Por se tratar de uma iniciativa da ABDeC-Pa, entre suas prerrogativas está a predileção por filmes em curta-metragem (antes dos longas), documentários e produções brasileiras. O Cineclube conta ainda com a parceria da APCC – Associação Paraense dos Críticos de Cinema, que uma vez por mês promove uma sessão em seu espaço.

As sessões do Cineclube Pedro Veriano são sempre às terças-feiras as 18h30, na Casa da Linguagem que fica na Avenida Nazaré, esquina com Assis de Vasconcelos.

terça-feira, 2 de março de 2010

PROGRAMAÇÃO "VIVA GLAUBER" NO CINECLUBE PEDRO VERIANO

PROGRAMAÇÃO "VIVA GLAUBER"
Durante o mês de março, o cinema brasileiro comemora a data de nascimento do seu principal expoente: Glauber Rocha. Se estivesse vivo, o cineasta completaria 71 anos no próximo dia 14. Para saudar a figura de Glauber Rocha e com o objetivo de reforçar a relevância histórica e cultural da produção glauberiana para o cinema brasileiro e mundial que a Fundação Curro Velho preparou a programação “VIVA GLAUBER” para exibição no CineClube Pedro Veriano. A cada terça-feira do mês será exibido um filme e fechando o ciclo, o documentário de Silvio Tendler chamado “Glauber- O Filme – Labirinto do Brasil”. No dia 2, será exibido o filme “Terra em Transe” (1967). Foi com esta produção que Glauber se tornou reconhecido, conquistando o Prêmio da Crítica do Festival de Cannes, o Prêmio Luis Buñuel na Espanha e o Golfinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro. O escritor Waly Salomão define os filmes “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), “Terra em Transe” (1967) e “Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro” (1969), todos de Glauber Rocha, como sendo a base moderna do cinema brasileiro em termos de estética, linguagem e conteúdo. Esta trilogia é uma crítica social feroz aliada à forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos da América. Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague.
PROGRAMAÇÃO – Os filmes serão exibidos na programação do Cine Clube Pedro Veriano, na Casa da Linguagem. Antes da sessão de cinema os longas serão apresentados por pessoas ligadas à produção cinematográfica paraense.O cineclube Pedro Veriano tem a função de fomentar a cultura da sétima arte no Pará. Por isso, desde outubro do ano passado, quando foi criado, apresenta curtas, longas, documentários e todos os tipos de produção cinematográfica local, nacional e mundial, gratuitamente.Pedro Veriano é um dos primeiros cineclubistas do Pará, em atividade constante desde a década de 1950, com uma vida dedicada à difusão, à pesquisa e ao ensino da sétima arte. Ele continua na ativa até hoje, como presidente-fundador da Associação de Críticos Cinematográficos do Pará (ACCP).
FILMES :
TERRA EM TRANSE (1967).
Apresentação: Luiz Arnaldo Campos. Na fictícia República de Eldorado, Paulo Martins é um jornalista, idealista e poeta ligado ao político conservador em ascensão e tecnocrata Porfírio Diaz e sua amante meretriz Silvia, com quem também mantêm um caso fomando um triângulo amoroso. Quando Porfírio se elege senador, Paulo se afasta e vai para a província de Alecrim, onde conhece a ativista Sara. Juntos eles resolvem apoiar o vereador populista Felipe Vieira para governador na tentativa de lançarem um novo líder político, supostamente progressista, que guie a mudança da situação de miséria e injustiça que assola o país. Ao ganhar a eleição, Vieira se mostra fraco e controlado pelas forças econômicas locais que o financiaram e não faz nada para mudar a situação social, o que leva Paulo, desiludido, a abandonar Sara e retornar à capital e voltar a se encontrar com Sílvia. Se aproxima de JúlioFuentes, o maior empresário do país, e lhe conta que o presidente Fernandez tem o apoio econômico de uma poderosa multinacional que quer assumir o controle do capital nacional. Quando Diaz disputa a Presidência com o apoio de Fernandez, o empresário cede um canal de televisão para Paulo que o usa para atacar o candidato. Vieira e Paulo se unem novamente na campanha da presidência até que Fuentes trai ambos e faz um acordo com Diaz. Paulo quer partir para a luta armada, mas Vieira desiste. No elenco estão nomes como Paulo Autran, Paulo Gracindo, Francisco Milani e Hugo Carvana. A direção de fotografia é de Luis Carlos Barreto e Dib Lufti; música de Sérgio Ricardo; e a montagem de Eduardo Escorel. Luís Carlos Barreto, Cacá Diegues, Carlos Diegues e Raimundo Wanderley, juntos a Glauber Rocha, foram os produtores associados no filme. A exibição será no dia 02.
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL (1964). Apresentação: Januário Guedes e Célia Maracajá. O Sertanejo Manoel e sua mulher Rosa levam uma vida sofrida no interior do país, uma terra desolada e marcada pela seca. No entanto, Manoel tem um plano: usar o lucro obtido na partilha do gado com o coronel para comprar um pedaço de terra. Quando leva o gado para a cidade, alguns animais morrem no percurso. Chegado o momento da partilha, o coronel diz que não vai dar nada ao sertanejo, porque o gado que morreu era dele, ao passo que o que chegou vivo era seu. Manoel se irrita, mata o coronel e foge para casa. Ele e sua esposa resolvem ir embora, deixando tudo para trás.Manoel decide juntar-se a um grupo religioso liderado por um santo (Sebastião) que lutava contra os grandes latifundiários e em busca do paraíso após a morte. Os latifundiários decidem contratar Antônio das Mortes para perseguir e matar o grupo. O elenco é formado por Geraldo Del Rey ,Yoná Magalhães, Maurício do Valle e outros. Este filme será apresentado no dia 09.
DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO (1969). Apresentação: Rogério Parreira. Antônio das Mortes é contratado para matar um novo líder cangaceiro que surge no interior do Brasil. Ele realiza sua missão, ao mesmo tempo que entra em confronto com jagunços e um velho coronel que domina a região. Apesar da história simples, o diretor Glauber Rocha a conta de uma forma alegórica, misturando Literatura de cordel e ópera, priorizando a música e os ritos folclóricos próprios da população (Região Nordeste do Brasil).Glauber envolve a narrativa dentro do olhar metalinguistico comum ao cinema novo. A câmera arrastada e a música vibrante nordestina dão quase uma impressão de continuação a Deus e o Diabo. Por muitos é considerado a obra prima do “mestre Glauber”, que mistura o ritual antropofágico do nordeste, sua 'seita' e seu folclore ao encontro apoteótico com uma forma diferente de se fazer cinema, seguindo os parâmetros docinema novo, já passada a fase experimental da primeira leva de filmes. Desta produção participam Maurício do Valle, Odete Lara, Othon Bastos, Hugo Carvana e outros. Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro deu a Glauber Rocha o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes. Este será o terceiro filme a ser exibido pelo cineclube Pedro Veriano e a sessão será no dia 16.
GLAUBER, O FILME - LABIRINTO DO BRASIL (2004). Apresentação: Augusto Pacheco. Em mais de uma hora e meia este documentário retrata a vida e a morte de Glauber Rocha, o polêmico cineasta baiano que revolucionou o cinema, promovendo uma radical revisão na cultura brasileira. Imagens do enterro, depoimentos recentes de quem acompanhou sua trajetória, seus pensamentos e idéias explodem na tela num filme-tributo à memória de um artista que idealizava um cinema independente e libertário. A direção é de Sílvio Tendler. O documentário encerra a programação “Viva Glauber” do Cineclube Pedro Veriano no dia 23.

Serviço:
Programação “Viva Glauber”.
Exibição dos filmes “Terra Em Transe (1967)”, “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), “Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969) e “Glauber, O Filme - Labirinto do Brasil”. Toda terça-feira de março, a partir do dia 2, às 18h na Casa da Linguagem (Av. Nazaré, 31).
Entrada Franca

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